POR LEONARDO “SILVERBOLT” DIAS
Na matéria Terra do Nunca contei sobre meu primeiro contato com Yakusoku no Neverland, gostava do mangá no início, achei o final do primeiro arco muito bom, e sabia que dali para frente poderíamos ter problemas. E eles só aumentaram.
Yakusoku com certeza é aquele mangá que tem uma história mais curta, faz sucesso e a editora pede para ampliar, talvez ele até pudesse ir um pouco além do muro da fazenda e mostrar vislumbres do lado de fora, só que isso foi descarrilhando de tal forma. Entrou em parte filosófica, mexeu com o espaço tempo, chegou ao ponto de até se tornar um shonen clássico de batalha, numa luta mortal contra o chefe da fase atual. Isso não era Neverland nos primórdios e não deveria ser.
Tal fenômeno me lembrou de um sucesso que teve o mesmo problema, mas que na minha visão conseguiu contornar sua parte 2, ainda mais fraca que a primeira, só que com qualidade. Falo de Death Note. Ali teve dedo do editor para continuar pós-L, mas a obra não perdeu o foco como estamos vendo aqui.
Outro caso agora sim de fracasso é o de Enigma, um mangá com um fantástico primeiro arco, mas que na época não teve o boom de Neverland e aí foi editor/criador que pensou em mexer na história para que ela ganhasse escopo e as mudanças não encaixaram bem e Enigma morreu com pouco mais de 1 ano de vida.
Sei que Neverland se encaminha para o arco final e espero que tenha um fina satisfatório que resgate os aspectos da história pela qual essa ficou conhecida.
Até a próxima.