POR LEONARDO “SILVERBOLT” DIAS
Ao retornar as primeiras reviews dessa temporada vi a seguinte frase sobre o episódio 10×01 “… falta saber para onde vamos com essa história e nesse ponto com exceção do vingador que está atrás de Dean nada foi plantado nesse episódio para ser contado em outros 22 e ainda falam de 11ª temporada.”.
Fazia referência ao Deanmon que só durou 3 episódios, a história do Cole foi encerrado antes do Mid Season e até agora só a história da Marca de Caim não tem força para meia temporada e além disso tudo, a 11ª está confirmada.
Gosto da série e tudo, só que acho que está desgastada, os próprios roteiristas não sabem usar a mitologia que foi criada com sucesso e nem desenvolver uma grande trama forte o suficiente para dar conta dos episódios não fillers, que já são poucos por temporada. No máximo de 8 a 10 em 23.
Cinco episódios depois.
Com spoilers
Supernatural (referente aos episódios 10×10 ao 10×14):
10×10 – The Hunter Games: Começamos de onde paramos no fraco Mid Season, Dean transtornado pelo descontrole causado pela Marca de Caim e o massacre que incluiu o “pai adotivo” de Claire, filha do receptáculo de Castiel, aka Jimmy Novak. A história de Claire não tinha para onde ir, foi a parte mais sonolenta desse episódio, que incluiu também um pseudo-vingança de Dean ao surrar Metraton por pistas sobre a cura da Marca e no final só conseguir uma frase “o rio termina na fonte”. Nem sei se os roteiristas vão usar isso depois do 10×14.
10×11 – There´s No Place Like Home: Um ponto positivo para a 10ª temporada foi o retorno de Charlie, não estragaram nem mataram a personagem. A história da sua versão maligna (like a ninja) criada por um feitiço do próprio Mágico de Oz foi bem construída, fechou o ciclo do acidente que matou os pais da personagem, revelando o culpado.
Trouxe mais um dos perdidos Homens de Letras, na verdade outro enfeitiçado que era a contra-parte do próprio Mágico de Oz, morto por Sam indiretamente. Dean em outro ato de fúria (sem muito explicação porque a partir do 10×12 ele está bem mais controlado) ataca a versão maligna de Charlie quase matando a original que tinha um elo físico com sua versão Dark. Charlie vai pesquisar sobre a Marca na Itália, perdoando Dean por não estar no seu normal. E pode voltar, o que é sempre bem vindo.
10×12 – About a Boy: Um bom filler que conectou fracamente a história do Gran Coven, inimigos naturais de Rowena a história de João e Maria (no original Hensel & Gretel), onde o próprio João velho transformava pessoas que ninguém dava importância, incluindo um federal bêbado (Dean) em crianças para servir de banquete a Bruxa da história e ao próprio que adquiriu hábitos canibalescos com o passar dos anos.
Dean que tinha perdido a marca ao voltar ao seu corpo adolescente precisa escolher entre salvar a todos ou se livrar do seu fardo num corpo diferente, opta pelo primeiro como bom Caçador e mata os vilões os jogando no forno. As referências desse episódios são ótimas como Dean adulto ouvindo Taylor Swift no final.
10×13 – Halt & Catch Fire: Episódio médio. Já somando três sem grande envolvimento com a suposta trama da temporada, a Marca de Caim (de novo), um fantasma que ao invés de estar ligado a uma pessoa ou objeto, vivia no ambiente wi-fi. Mortes bem feitas como a série sempre soube fazer. Nada de importante a acrescentar.
10×14 – The Executioner´s Song: O último episódio antes do hiatus que termina no dia 18 de março. Foi o reencontro com Caim, agora possuído pela fúria de novo e matando quase todos que descenderam direto dele e tem um que de “assassino”, limpando ao mundo na sua visão. Como a cura não era de seu conhecimento, isso sempre foi óbvio, o que restou foi um confronto dele com Dean, afinal o próprio Caim pediu por isso quando lhe passou a marca.
Mão decepada e possível morte já que não vimos de fato o golpe final de Dean. Sem cura para se apoiar, só que não descontrolado, ele rouba de Crowley a First Blade e entrega a Castiel.
Falando no anjo, estou com pena com a falta de espaço para o mesmo nessa temporada, Crowley tem algumas brigas boas com demônios menores e diálogos com a mãe que tenta trazê-lo para o lado negro da força de novo, removendo esse afeto pelos Winchester e ganhando um aliado na luta contra seu inimigo desconhecido, o Gran Coven.
No geral a série está sem rumo. Depois de duas temporadas bem feitas, Jeremy Carver perdeu o fio da meada. Seria uma boa hora para fechar as portas, se a próxima temporada não estivesse garantida.
Até a próxima.
Ainda não me acostumei com essa situação, que abra uma janela para ele contente voltar a enxergar o Sol 😏